quarta-feira, 26 de junho de 2013

 A INCAPACIDADE DE SER  VERDADEIRO
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.  A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a
cabeça:
– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
andrade, Carlos Drummond de. A incapacidade de ser verdadeiro. In ANDRADE, Carlos Drummond de
et al. Deixa que eu conto. São Paulo: Ática, 2003. Literatura em minha casa, v. 2, p.44. 

1-Quando Paulo chegou em casa dizendo que vira  no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas, a mãe :
(A) colocou-o de castigo.
(B) deixou-o sem sobremesa.
(C) levou-o ao médico.
(D) proibiu-o de jogar futebol.

2- A mãe de Paulo ficou preocupada com o filho porque ele :
(A) machucou-se no pátio da escola.
(B) contava histórias criativas.
(C) desistiu de jogar futebol.
(D) queixou-se do médico.

3-A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se à:
(A) fábula dos dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. 
(B) história do pedaço de lua, cheio de queijo no pátio da escola.
(C) passagem das borboletas pela chácara de Siá Elpídia formando um tapete voador.
(D) imaginação do menino ao criar suas histórias fantasiosas.

4-O parecer do médico “Este menino é mesmo um caso de poesia”, sugere que Paulo:
(A) agia dessa forma pelo excesso de castigo.
(B) brincava com coisas verdadeiras.
(C) era um menino imaginativo e criativo.
(D) estava precisando do carinho familiar.

5- Dona Coló castigava o filho porque acreditava que ele estivesse:
(A) brincando.
(B) sonhando.
(C) mentindo.
(D) teimando.

6-O texto sugere que:
(A) mentira e teimosia andam juntos. 
(B) mentira e fantasia são sinônimos.
(C) mentira e sonho parecem brincadeiras.
(D) mentira e imaginação são diferentes.


A LUA NO CINEMA
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
Amanheça, por favor!
LEMINSKI, Paulo. A lua no cinema. In: AGUIAR, Vera (Coord.). 
Poesia fora da estante. Porto Alegre: Projeto, 2002. v. 2, p. 77

7- De acordo com o poema “A lua no cinema”, a estrela :
(A) era pequena e solitária.
(B) parecia grande na janela.
(C) tinha um namorado apaixonado.
(D) viveu uma bela história de amor.

8- O último verso “– Amanheça, por favor!”  sugere que a lua:
(A) achou o filme da estrela que tinha namorado engraçado.
(B) acreditava que a estrela era pequena e sem graça.
(C) desejava esquecer a história da estrela solitária.
(D) gostava mais do dia do que da noite.

9- O texto ”A lua no cinema” é um poema por usar :
(A) orações.
(B) períodos.
(C) parágrafos.
(D) versos.

10.  Da leitura do poema percebe-se que a estrela:
(A) era um astro insignificante.
(B) era uma artista engraçada.
(C) tinha inveja da lua.
(D) tinha uma história feliz. 

11.  O poema trata: 
(A) da solidão.
(B) da tristeza.
(C) da amizade.
(D) do ciúme.


                                PROCURA-SE!
Os beija-flores ou colibris estão entre as menores aves do mundo e são as únicas capazes de ficar voando no mesmo lugar, como  um helicóptero, ou de voar para trás. Para isso, porém, as suas pequenas asas precisam movimentar-se muito depressa, o que gasta muita energia. Assim, eles precisam  se alimentar bastante, e algumas espécies podem comer em um único dia até oito vezes o seu próprio peso. Uau! O balança-rabo-canela é um beija-flor pequeno que pesa apenas nove gramas e só existe no Brasil. Ele tem as costas esverdeadas e a parte de baixo do corpo na cor canela, com um tom mais escuro na garganta. As penas da cauda, por sua vez, são de cor bronze e têm as pontas brancas. A ave possui ainda uma fina listra branca em cima e
embaixo dos olhos. Assim como os outros beija-flores, o balança-rabo-canela geralmente se alimenta de pequenos insetos, aranha e néctar, um líquido doce produzido pelas flores.  Para
sugá-lo, essas aves têm uma língua com ponta dupla, que forma dois pequenos canudos.
É comum os beija-flores ficarem com os grãos de pólen das flores grudados nas penas e no bico depois de sugarem o néctar. Assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à medida que seguem seu  caminho. Como as flores precisam do pólen para produzir sementes, os beija-flores, sem querer, ajudam-nas ao fazer esse transporte e acabam beneficiados também: afinal, o néctar das flores é um dos seus alimentos. Os beija-flores enxergam muito bem, e muitas flores possuem cores fortes, como vermelho ou laranja, para atraírem a sua atenção. Embora muito pequenas, essas aves são muito valentes e sabem defender seus recursos, como as flores que utilizam para se alimentar. Assim, alguns machos podem até expulsar as fêmeas da sua própria espécie caso elas cheguem perto da comida. Na luta pela sobrevivência parece não haver espaço para gentileza: machos e fêmeas geralmente se juntam apenas na época da reprodução. O balança-rabo-canela coloca seus ovos  de setembro a fevereiro e choca-os
durante 15 dias. A fêmea é quem constrói o ninho e também cuida dos filhotes por quase um mês após o nascimento para que eles consigam sobreviver sozinhos. O pequeno balança-rabo-canela está ameaçado de extinção por conta da
destruição do ambiente onde vive, ou seja, do seu habitat. As matas que servem de lar para essa ave estão sendo destruídas de maneira acelerada para a criação de animais, o cultivo de alimentos, a instalação de indústrias e pelo crescimento das cidades. Portanto, precisamos preservá-las para que esse belo beija-flor não desapareça para sempre.
FONSECA, Lorena C.N; ALVES, Maria Alice. Procura-se! Ciência Hoje 
para Crianças, Rio de Janeiro, n.159, jul. de 2005.

12.  O balança-rabo-canela é um beija-flor que:
(A) pesa apenas nove gramas.
(B) põe ovos o ano inteiro.
(C) possui uma lista branca nas asas.
(D) tem as costas cor de bronze.

13.  Em “Assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à  medida que seguem seu
caminho”, o termo destacado refere-se a:
(A) brotos em geral.
(B) colibris pequenos.
(C) grãos de pólen.
(D) insetos comestíveis.

14.  O balança-rabo-canela, depois de sugar o néctar,
(A) alimenta-se de insetos variados.
(B) auxilia as fêmeas na criação dos filhotes.
(C) contribui para a reprodução das flores.
(D) cuida dos filhotes por quase um mês.

15.  Os beija-flores estão ameaçado de extinção porque :
(A) comem até oito vezes o seu próprio peso.
(B) o ambiente em que eles vivem está sendo destruído.
(C) gastam muita energia para voar.
(D) têm de lutar constantemente por seus recursos.


16.  O texto  “Procura-se!” :
(A) informa sobre o perigo de extinção dos beija-flores chamados de “balança-rabocanela”.
(B) inventa algumas características sobre  os beija-flores chamados de “balança-rabocanela”.
(C) traz um relato de experiência científica com os beija-flores chamados de “balançarabo-canela”.
(D) anuncia que alguém está procurando beija-flores chamados de “balança-rabocanela”  para comprar.


17.  A questão central tratada no texto é:
(A) a preservação dos beija-flores.
(B) a reprodução de animais silvestres.
(C) o crescimento das cidades.
(D) o hábito alimentar das aves.


                                     BOLHAS DE SABÃO
A beleza, os formatos e as cores das bolhas de sabão encantam muita gente. Uma característica super bonita, que encanta todo mundo, são as cores que se distribuem na película de sabão. Se você fizer bolhas perto da luz, verá um verdadeiro arco-íris!
O primeiro passo é conseguir pedaços de arame, se possível, encapados. Depois, prepare uma solução de água e sabão. E muita, muita criatividade. Deixe a imaginação correr, crie bolhas maiores, menores, das mais variadas formas...
Fonte: BOLHAS de sabão. Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, ano 12, n. 88, p. 9-10, jan./fev. 1999.

18- No texto percebemos que o autor se refere diretamente ao leitor em
(A) "Se você fizer bolhas perto da luz verá um verdadeiro arco-íris!".
(B) "Uma característica super bonita, que encanta todo mundo".
(C) "As cores das bolhas de sabão encantam muita gente".
(D) "O primeiro passo é conseguir pedaços de arame".

                                              LIÇÕES EM CASA
           Você já notou que muitos bichos preferem ficar em turma? Vivendo em grupo, os mais velhos protegem os mais novos. E os filhotes aprendem a encarar a vida na mata observando os adultos.
            Com os humanos acontece a mesma coisa. Rodeado pelos familiares, nos sentimos protegidos. Deles recebemos carinho, cuidados e aprendemos uma porção de coisas.
                                                            In: Revista Recreio. Garota Atômica. Ano 05-10/03/05- n° 261
19- O texto tem a finalidade de
      (A) divertir o leitor.
      (B) ensinar uma brincadeira.
      (C) informar sobre alguns hábitos.
      (D) fazer um convite.





           Mãe,
           Hoje chegarei mais tarde. Vou estudar na casa de Márcia.
                      Beijos,
                      Lia
            P.S.: Já lavei todas as louças.

(Amélia Albuquerque, Caminhos do Letramento,                                                                                     1ª a 4ª série, Editora Livro Técnico, 2003.)

20- O texto foi escrito em forma de    
(A) bilhete.                                          .
(B) jornal.                                            
(C) receita.                                         
(D) piada.                                             

21- Este texto tem qual finalidade de
(A) contar uma história.
(B) dar um recado.
(C) ensinar a fazer uma pesquisa.
(D) fazer uma piada.


           Um Remédio Chamado Carinho

            Você sabia que a desnutrição, às vezes, não é causada apenas pela má alimentação? Falta de carinho também pode dificultar o desenvolvimento de uma criança.
            Hoje, 1% a 5% das crianças brasileiras sofrem de desnutrição.
            Para tentar amenizar o problema, um hospital de São Paulo, o Pérola Byington, está ensinando as mães de crianças com desnutrição a cantar para seus filhos e até brincar de roda. O “tratamento” está dando certo, ou seja, algumas doses extras de carinho não fazem mal a ninguém.
                       
Um remédio chamado carinho. ZÁ, Coral Ed. n. 30, 1999


22-Esse texto foi escrito para
     (A) ensinar brincadeiras para pessoas com desnutrição.
     (B) homenagear os pais de crianças desnutridas.
     (C) informar sobre a importância do carinho.
     (D) criticar o carinho exagerado entre pais e filhos.



           Animais têm sentimentos?

          Experiências e observações feitas por especialistas mostram que é possível que bichos sintam alegria, tristeza, raiva ou ciúme, como nós. Eles não falam, mas parecem demonstrar sentimentos em certas ações. Há casos de elefantes que emitem sons diante de ossos de parentes mortos, como se estivessem se lamentando, e de búfalos que deslizam no gelo, aparentemente só por diversão. Os cães, que convivem de perto com os humanos, conseguem expressar muitas emoções, como medo e alegria.

  CRISTIANINI, Maria Carolina. Recreio. São Paulo: Abril, ano 9, n. 464, jan. 2009. (P050336A9_SUP)

23-Qual o tema desse texto?
(A) O sentimento dos animais.
(B) A convivência entre cães e homens.
(C) Os sons dos elefantes.
(D) As brincadeiras dos búfalos.


         
 MORADA DO INVENTOR

        A professora pedia e a gente levava, achando loucura ou monte de lixo:
latas vazias de bebidas, caixas de fósforo, pedaços de papel de embrulho, fitas, brinquedos quebrados, xícaras sem asa, recortes e bichos, pessoas, luas e estrelas, revistas e jornais lidos, retalhos de tecido, rendas, linhas, penas de aves, cascas de ovo, pedaços de madeira, de ferro ou de plástico.
        Um dia, a professora deu a partida, e transformamos, colamos e colorimos.
        E surgiram bonecos (...), bichos (...) e coisas malucas (...)
        E a escola virou morada do inventor.
                                                                                         Elias José. Nova Escola, junho 2000, n. 133.

24-No trecho “Um dia, a professora deu a partida, e transformamos, colamos e colorimos.”, a expressão em destaque significa que
(A) quebrou um objeto.
(B) ligou o carro.
(C) iniciou a atividade.
(D) saiu do local.


Nenhum comentário:

Postar um comentário